História


Poderá um automóvel fazer parte de uma vida, de várias vidas, de uma família?


Se for um W123, certamente que sim!




Esta é uma história que começa em 1995 quando por razões profissionais, me colocam nas mãos, um W123 para conduzir.

Acredito seriamente que se nunca tivesse pegado naquele 240 D cinzento, nunca teria ganho esta paixão pelos W123. Dai para a frente e durante dois anos, foram dias e dias consecutivos a conduzir aquele maravilhoso W123 que na altura já ia com 873.000 Km e ainda hoje (passados 12 anos) circula todos os dias. Foram dois anos a fazer viagens constantes com aquele “tanque” muitas vezes a fazer 700/800 Km dia.

Nunca, mas nunca, fiquei na estrada empanado com aquele velhote 240D de 1980.
Depois deram-me outro carro de serviço, mas o bichinho pelos W123 ficou por cá, e iniciei uma pesquisa no mercado para ver o que haveria para venda. Tinha na altura um Fiat Uno, que o vendi de imediato, assim que me decidi a comprar um W123.

Depois de muito procurar, lá encontrei o W123 dos meus sonhos…um único dono, caixa de cinco velocidades (raro), preto e com poucos Km! Era de um Major da Marinha Portuguesa que o tinha trazido em 1985 para Portugal, depois de lá ter estado a realizar uma comissão de serviço. Dai o carro ser de 1982 e ter a matricula  JH-48-91  de 1985 em Portugal.

Devo dizer que foi amor á primeira vista, pois vi, gostei e decidi que era aquela, isto tudo sem o experimentar primeiro.
Como estava habituado a um 240 D de 4 cilindros, muito mais ruidoso (para quem conhece os W123 sabe a que me refiro) a diferença foi enorme, pois este carro, embora seja um W123 tem um trabalhar muito suave e um consumo muito equilibrado, é possuidor ainda de um rolar em estrada simplesmente fabuloso, se calhar devido a uma suspensão sempre muito bem tratada e a uns bons pares de amortecedores.

Experimentei o dito carro e passei o cheque, o W123 era meu, passados quase treze anos depois da compra, se tivesse de voltar atrás no tempo faria precisamente a mesma coisa, pois se existe negócio que não me arrependa foi este Mercedes Benz.

Este é o princípio de uma relação que passados 13 anos ainda dura, e espero que continue por muitos mais anos…pelo menos que o meu filho o guarde mais 40 anos!